Olá pessoal!
Hoje gostaria de apresentar para vocês o físico Fritjof Capra, ele nasceu em Viena, na Áustria em 1939, é um teórico e escritor que desenvolve trabalho na promoção da Educação Ecológica. Discute questões de como conviver bem no mundo sem agredir o planeta.
Ele ficou mundialmente famoso e muito conhecido com o seu "O TAO DA FÍSICA", nos anos 70, que foi traduzido para vários idiomas e busca pontos comuns entre as abordagens oriental e ocidental da realidade. Nele traça um paralelo entre física moderna (relatividade, física quântica, física das partículas) e as filosofias orientais tradicionais, como taoísmo de Lao Tsé, o Budismo (incluindo o Zen) e o Hinduísmo.
Porque apresentar CAPRA neste momento em que estamos vivendo?
Além da importância do seu trabalho de preservação da vida no planeta, com seus ensinamentos de como lidar com os elementos naturais de forma a não destruí-los, na atualidade, Capra vem desenvolvendo um estudo sobre a PANDEMIA VISTA DE 2050.
Será que olhar para o futuro pode nos ajudar a viver melhor em nossa realidade?
Essa resposta cabe a cada um de nós, a partir do conhecimento adquirido do que está sendo pesquisado, analisado, comparado com outras realidades já vividas pela humanidade e pela colaboração que podemos dar para uma mudança significativa em nossas vidas.
Segundo Capra, no seu artigo escrito juntamente com a futurista Hazel Henderson, supõe a possibilidade de despertar no futuro e traz uma analise do mundo e suas transformações pós pandemia, já bem definidas, como se estivesse em 2050. O que dizer sobre o que ocorreu no passado, as falhas e condições da humanidade.
Quais as novas realidades da pandemia no mundo? Quais as mudanças de visão do mundo e dos valores da sociedade?
O artigo:
Imagine que estamos em 2050, olhando em retrospecto para a origem e a evolução da pandemia do coronavírus nas últimas três décadas. Extrapolando a partir de eventos recentes, oferecemos o seguinte cenário para essa visão desde o futuro.
Com base no artigo, traremos algumas noções do que é discutido para que possamos refletir.
Na metade do século XXI, finalmente somos capazes de interpretar os sentidos da origem e do impacto do coronavírus que atingiu o mundo em 2020, a partir de uma perspectiva evolucionária sistêmica.
Hoje em 2050, olhando para os últimos 30 anos de turbulência em nosso planeta, a terra assumiu a tarefa de ensinar uma lição a família humana. Para isso, primeiro precisamos entender os sistemas por inteiro. O planeta funciona de fato com sua biosfera extraindo poder, sistematicamente, do fluxo diário de fótons de nossa estrela mãe, o sol.
Essa consciência expandida nos ajudou a separar as limitações cognitivas e ideológicas equivocadas por trás da crise do século XX. Falsas teorias sobre o progresso e o desenvolvimento humano medidos de forma míope, baseados apenas no dinheiro, como PIB (Produto Interno Bruto), culminaram em perdas sociais e ambientais cada vez maiores gerando um colapso social, desigualdade, pobreza, doenças mentais e físicas, vícios, perda de confiança nas instituições (mídia, academia e a própria ciência) e a redução da solidariedade comunitária.
Além disso, provocaram as pandemias do século XXI como SARS, MERS, AIDS, Influenza e os muitos coronavírus surgidos em 2020.
Durante o século XX, a humanidade havia excedido a capacidade regenerativa da terra. Com o crescimento da família humana, deu-se a mesma obsessão pelo crescimento econômico, corporativo e tecnológico, iniciando a crescente crise existencial que ameaçava a mera sobrevivência humana.
O uso desenfreado dos combustíveis fósseis provocou aquecimento da atmosfera. Segundo o IPCC(Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), em sua atualização de dados em 2020, a humanidade dispunha de um tempo de 10 anos para reverter a situação da crise.
Já em 2000, possuíamos conhecimento necessário sobre os meios e tecnologias renováveis disponíveis, baseados nos princípios ecológicos da natureza. Contudo, a destruição dos recursos naturais eram afetados pelas ideologias do modelo econômico da globalização. No início do século XXI, a disputa internacional pelo poder estava mais voltada para a propaganda social, as tecnologias de persuasão, a infiltração e controle da internet.
Em 2020 a pandemia de coronavírus disputava as prioridades nos estabelecimentos médicos e, detrimento as outras ocorrências na saúde pública.
Do privilégio do ponto de vista de 2050, podemos olhar para essa sequencia de vírus: SARS, MERS e o impacto global das diversas mutações do coronavírus em 2020.
Essas pandemias acabaram sendo estabilizadas, em parte, através da proibição estrita de "mercados vivos" em toda China em 2020, que foi replicada por outros países e mercados globais, dando fim ao comércio de animais silvestres e reduzindo vetores.
Ao mesmo tempo, os sistemas de saúde se dedicaram aos cuidados preventivos e o desenvolvimento de vacinas e medicamentos foram aprimorados.
As lições para os seres humanos, segundo Capra e Henderson:
As lições básicas para os seres humanos nesses trágicos 50 anos de crises globais auto infligidas – os martírios das pandemias, cidades inundadas, florestas queimadas, secas e outros desastres climáticos cada vez mais violentos – eram simples, muitas delas baseadas nas descobertas de Charles Darwin e de outros biólogos dos séculos XIX e XX:
- Nós humanos somos uma espécie com muito pouca variedade de DNA.
- Evoluímos ao lado de outras espécies da biosfera do planeta através da seleção natural, respondendo a mudanças e perturbações em nossos vários ambientes e habitats.
- Somos uma espécie global, que migrou do continente africano para todos os outros, competindo com outras espécies e levando várias delas à extinção.
- Nossa colonização planetária e nosso sucesso na Era do antropoceno do século XXI deveu-se em grande parte à nossa capacidade de nos aproximarmos, cooperarmos, compartilharmos e evoluirmos em populações e organizações cada vez maiores.
- A humanidade cresceu a partir de grupos errantes de nômades e passou a viver em vilarejos agrícolas estáticos, depois em cidadezinhas, depois nas grandes metrópoles do século XX, onde vivia mais de 50% de nossa população. Até século XXI, todas as previsões apontavam para o crescimento dessas metrópoles e uma população humana de 10 bilhões nos dias de hoje, em 2050.
Vale a pena ler a matéria na íntegra e acompanhar a evolução da pesquisa:
Segundo as últimas informações sobre a situação atual da Pandemia, regredimos de fase, da verde para amarela. Assim, precisamos seguir com os cuidados básicos para evitar o contágio.
Selecionamos algumas reportagens sobre a situação atual da pandemia no Brasil com o objetivo de informar, acesse:
Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fritjof_Capra
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Por Maridinei Coca Equipe EMEI Senador Carlos Jereissati